terça-feira, 26 de abril de 2011

Terrorismo

 
    
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Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluindo, antes, o resto da população do território.[carece de fontes?]
A guerra de guerrilha é frequentemente associada ao terrorismo uma vez que dispõe de um pequeno contingente para atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para combater forças maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre minimizar os danos a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto mais uma táctica militar que uma forma de terrorismo.[carece de fontes?]
Segundo um estudo do Exército dos Estados Unidos da América de 1988 existe uma centena de definições da palavra terrorismo.[carece de fontes?] A inexistência de um conceito amplamente aceito pela comunidade internacional e pelos estudiosos do tema significa que o terrorismo não é um fenômeno entendido da mesma forma, por todos os indivíduos, independente do contexto histórico, geográfico, social e político. Segundo Laqueur, nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da história [1].[2] [3]

 

 Definição

Conforme definição do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, terrorismo é um tipo muito específico de violência, bastante sutil, apesar do termo ser usado para definir outros tipos de violência considerados inaceitáveis.
Após a Segunda Guerra Mundial, sobretudo no fim da década de 1960 e durante a década de 1970, o terrorismo era visto como parte de um contexto revolucionário. O uso do termo foi expandido para incluir grupos nacionalistas e étnico-separatistas fora do contexto colonial ou neocolonial, assim como organizações radicais e inteiramente motivadas por ideologia.[4] A comunidade internacional – inclusive na esfera das Nações Unidas – considerava politicamente legítimas as lutas pela autodeterminação dos povos, legitimando-se portanto o uso da violência política por esses movimentos.
Ações terroristas típicas incluem assassinatos, sequestros, explosões de bombas, matanças indiscriminadas, raptos, linchamentos. É uma estratégia política e não militar, e é levada a cabo por grupos que não são fortes o suficiente para efetuar ataques abertos, sendo utilizada em época de paz, conflito e guerra. A intenção mais comum do terrorismo é causar um estado de medo na população ou em setores específicos da população, com o objetivo de provocar num inimigo (ou seu governo) uma mudança de comportamento.
Podemos, assim, dar as seguintes definições sucintas de terrorismo:
1) Uso de violência, assassinato e tortura para impor seus interesses (terrorismo físico).
2) Indução do medo por meio da divulgação de noticias em benefício próprio (terrorismo psicológico).
3) Recurso usado por governos ou grupos para manipular uma população conforme seus interesses.
4) Subjulgar economicamente uma população por conveniência própria (terrorismo econômico).
Entre outras possíveis.
Actos terroristas clássicos incluem os ataques de 11 de Setembro de 2001 quando foram destruídas as torres gêmeas em Nova Iorque, assim como ataques a bomba na Irlanda do Norte, Oklahoma, Líbano e Palestina.

História

O terrorismo tem sido registrado na História pelo menos desde a época dos antigos gregos.[carece de fontes?] Antes do século XIX os terroristas poupavam os inocentes não envolvidos no conflito. Por exemplo, na Rússia quando os radicais tentavam depor o Czar Alexandre II, cancelaram várias ações porque iriam ferir mulheres, crianças, idosos ou outros inocentes. Nos últimos dois séculos, entretanto, enquanto os Estados foram ficando cada vez mais burocratizados, a morte de apenas um líder político não causava as mudanças políticas desejadas, de modo que os terroristas passaram a usar métodos mais indiretos de causar ansiedade e perda de confiança no governo.
Em 1972, a temática do terrorismo foi inclusa pela primeira vez nos debates da Assembleia Geral das Nações Unidas. Os debates consagrou uma clivagem: de uma lado, o bloco ocidental advogava a repressão (enfoque jurídico); de outro, o Movimento dos Não-alinhados e os Estados comunistas defendiam a identificação e a eliminação de suas causas (enfoque político).
Em 1985, houve a primeira condenação do terrorismo por consenso: resolução 40/61 da Assembleia Geral das Nações Unidas. O enfoque jurídico passou a prevalecer. O terrorismo deixou de ser legitimado por motivações políticas quaisquer.
Em 1994, a resolução 49/60 repudia o terrorismo e convoca os Estados à cooperação internacional. As causas políticas não são sequer mencionadas, um abandono total do enfoque político dos anos de 1970.
Na década de 1990, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adota a prática de apenas condenar o terrorismo em casos concretos, a exemplo da resolução 1054 contra o Sudão ou da resolução 883 contra a Líbia.
O Onze de Setembro levou a uma grande transformação no tratamento internacional do terrorismo, que tendeu a institucionalizar-se em uma regime internacional. O [[Conselho de Segurança], por meio da resolução 1368 de 2001, admitiu a aplicação de medidas de força individual ou coletiva, em nome da legítima defesa, contra os responsáveis pelos atentados. Como estes não são nomeados, houve grande celeuma jurídica e política em torno das medidas. A invasão do Afeganistão foi lastreada nessa resolução.
Ainda em 2001, a resolução 1373 criou o Comitê de AntiTerrorista (CAT). Os Estados são convocados a colaborarem a prestar informações acerca de medidas antiterroristas.
Em julho de 2004, o Paraguai foi objeto de ressalvas no CAT e acusado de não-cooperação. A política externa brasileira optou por apoiar o esclarecimento de dúvidas de modo a dirimir conflitos em sua fronteira imediata.
O Brasil é um país engajado no regime antiterrorista. Ratificou as principais conveções sobre o tema e colabora ativamente em vários cenários: na ONU, na OEA e no Mercosul.
O terrorismo contemporâneo é caracterizado pela descentralização de suas atividades.
O terrorismo atual tem crescido entre os desesperados devido ao impacto psicológico que ele pode ter no público, graças à extensa cobertura que a imprensa pode dar. Terrorismo é freqüentemente o último recurso dos desesperados, e pode ser usado por grandes ou pequenas organizações. Historicamente, grupos lançam mão do terrorismo quando eles acreditam que os métodos mais pacíficos, como protestos, sensibilização do público, ou declaração de estado de guerra não trazem esperança de sucesso. Isso sugere que talvez uma maneira eficaz de combater o terrorismo seja garantir que em qualquer caso em que a população se sinta psico-neuroprimida, permaneça aberta uma via para garantir a ela alguma atenção, mesmo que essa população seja uma minoria em opinião(a garantia plena da liberdade e da democracia é fundamental, caso contrário isto será considerado um terror estatal contra a neuro-liberdade de pensamento e opressão de psicopinião legalizada por uma constituição ultrapassada e propositalmente limitadora). Uma outra razão de se engajar no terrorismo é uma tentativa de consolidar ou ganhar poder através da inoculação do medo na população a ser controlada (ver também Racismo e Intolerância), ou estimular um outro grupo a se tornar um inimigo feroz, impondo uma dinâmica polarizada de eles-contra-nós. Uma terceira razão para passar ao terrorismo é desmoralizar e paralisar o inimigo pelo medo; isso às vezes funciona, mas outras vezes endurece a posição do inimigo. Freqüentemente um pequeno grupo engajado em atividades terroristas pode ser caracterizado por várias dessas razões. Em geral ações contra terroristas podem resultar em escaladas de outras ações de vingança; entretanto, é sabido que se as consequências de atos terroristas não são punidas, torna-se difícil deter outros grupos de terroristas. [carece de fontes?]
O terrorismo depende fortemente da surpresa e é frequente que ocorra quando e onde é menos esperado. Ataques terroristas podem desencadear transições súbitas para conflito ou guerra. Não é raro que depois de um ataque terrorista vários grupos não relacionados reivindiquem a responsabilidade pela ação; isto pode ser visto como "publicidade grátis" para os objetivos ou planos da organização. Devido à sua natureza anônima e, freqüentemente, auto-sacrificial, não é incomum que as razões para o atentado permaneçam desconhecidas por um período considerável de tempo.

 Organizações terroristas e terrorismo de Estado

 Terrorismo organizado

As mais famosas organizações terroristas do século XX foram as Brigadas Vermelhas na Itália, O IRA (Exército Republicano Irlandês), a OLP (Organização pela Libertação da Palestina), a Ku Klux Klan, a Jihad Islâmica, Abu Nidhal, a Al-Qaeda e o ETA. Terrorismo é algo extremamente difícil de se controlar ou prevenir, especialmente se seus membros estão dispostos a correr risco de morte no processo, mas é uma ofensa criminosa em praticamente todos os códigos legais do mundo (veja-se a Convenção de Praga de 1907 e a Convenção de Genebra de 1949). Alguns governos têm ou tiveram ligações comprovadas com grupos terroristas, que incluem financiamento ou apoio logístico, como o fornecimento de armas e explosivos e de locais de abrigo e treino. São os casos, entre outros, do Iêmen, da Líbia, e dos países que apoiaram o regime Talibã no Afeganistão, mas também dos próprios Estados Unidos da América e outros países ocidentais.

 

 Terrorismo de Estado

A expressão terrorismo de Estado foi forjada pela URSS no quadro da Guerra Fria para designar a Operação Condor que foi uma estratégia de repressão comum aos governos autoritários da América do Sul dos anos 1970, para o enfrentamento dos movimentos de extrema esquerda, notadamente no Brasil no Chile e na [[Argentina].
A expressão passou a ser comum nas denúncias das práticas massivas, pelos serviços secretos, de assassinatos, torturas, censura aos meios de comunicação e exercício enfim de uma série de violências similares aos empregados no terrorismo.
Semelhante nos efeitos, mas em geral bastante diferente nos métodos, a repressão política em estados ditatoriais é por vezes associada ao terrorismo, apontando-se para situações como o Terror durante a Revolução Francesa, o holocausto na Alemanha nazi, o domínio do Japão na China e Sudeste asiático antes e durante a Segunda Guerra Mundial, o genocídio arménio na Turquia, as ditaduras na América Latina (Pinochet no Chile, Alfredo Stroessner no Paraguai e Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana),a ditadura de Mao Tse-tung seguida pelo genocídio de 70 milhões de pessoas, a perseguição e execução de vítimas de consciência na Cuba castrista em La Cabaña, o regime de Pol Pot no Camboja., a ocupação indonésia em Timor-Leste, a ditadura militar no Brasil (1964-1984), ou os actuais regimes ditatoriais de Myanmar, do Turquemenistão.

Óxido nítrico

 
    
Óxido nítrico
Alerta sobre risco à saúde
Nitric-oxide-2D.png
Nitric-oxide-3D-vdW.png
Outros nomesMonóxido de nitrogênio
Monóxido de azoto
Identificadores
Número CAS10102-43-9
PubChem145068
DrugBankDB00435
KEGGC00533
ChEBI16480
Número RTECSQX0525000
Código ATCR07AX01
InChIInChI=1/NO/c1-2
Propriedades
Fórmula molecularNO
Massa molar30.006 g/mol
Aparênciagás incolor
paramagnético
Densidade1.269 g/cm3 (líquido)
1,25 kg·m−3 (15 °C, 1 bar)[1]
Ponto de fusão−164 °C [1]
Ponto de ebulição−152 °C [1]
Solubilidade em água60 mg·l−1 (20 °C) [1]
Solubilidadesolúvel em álcool, disulfeto de carbono (CS2)
Índice de refracção (nD)1.0002697
Estrutura
Forma molecularlinear, C∞v
Termoquímica
Entalpia padrão
de formação
ΔfHo298
+90.29 kJ/mol
Entropia molar
padrão
So298
210.76 J K−1 mol−1
Farmacologia
Biodisponibilidadegood
Via(s) de administraçãoInhalation
Metabolismovia pulmonary capillary bed
Meia-vida biológica2–6 seconds
Riscos associados
MSDSExternal MSDS
Índice UENot listed
Principais riscos
associados
Tóxico
NFPA 704
NFPA 704.svg
0
3
0
OX
Frases RR8, R26, R34
Frases SS9, S17, S26, S28, S36/37/39, S45
Ponto de fulgorNon-flammable
LD505000 ppm·25 min−1 (Cães, LCLo, inh.)[2]
320 ppm (Camundongo, LCLo, inh.)[3]
1068 mg·m−3·4 h−1 (Ratos, LC50, inh.)[4]
Compostos relacionados
óxidos de nitrogênio relacionadosÓxido nitroso
Trióxido de dinitrogênio
Dióxido de nitrogênio
Tetróxido de dinitrogênio
Pentóxido de dinitrogênio
Compostos relacionadosMonóxido de carbono
Monóxido de cloro
Monóxido de enxofre
Excepto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições PTN

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.
O óxido nítrico (também conhecido por monóxido de nitrogênio e monóxido de azoto), de fórmula química NO, é um gás solúvel, altamente lipofílico sintetizado pelas células endoteliais, macrófagos e certo grupo de neurônios do cérebro. É um importante sinalizador intracelular e extracelular, e actua induzindo a guanil ciclase, que produz guanosina monofosfato cíclico (GMP) que tem entre outros efeitos o relaxamento do músculo liso o que provoca, como acções biológicas, a vaso e a broncodilatação.

 


 Origem biológica

A síntese de NO se realiza por ação de uma enzima, a óxido nítrico sintetase (NOS) a partir do aminoácido L-arginina que produz NO e L-citrulina, necessitando da presença de dois cofatores, o oxigénio e o fosfato dinucleótido adenina nicotinamida (NADPH).
O NO é produzido por uma ampla variedade de tipos celulares que incluem células epiteliais, nervosas, endoteliais e inflamatórias. Existem três formas de NOS, 2 denominadas constituitivas e dependentes do cálcio (cNOS), que são a endotelial e a neuronal, as quais sintetizam NO em condições normais, e a independente do cálcio (iNOS), que não se expressa ou fá-lo em muita pouca quantidade em condições fisiológicas.

 Produção e efeitos ambientais

A altas temperaturas o azoto molecular e o oxigênio podem combinar-se para formar óxido nítrico (por exemplo, no antigo processo de produção do ácido nítrico por Birkeland-Eyde). A maior produção natural é no relâmpago. A atividade humana aumentou drasticamente a produção de óxido nítrico em câmaras de combustão. Uma proposta de conversores catalíticos nos automóveis reverte parcialmente esta reação.
O óxido nítrico no ar pode converter-se mais tarde em ácido nítrico, um dos implicados nas chuvas ácidas, ou reagir formando ozônio nas metrópoles poluídas smog fotoquímico

Aplicações Técnicas

É um intermediário no Processo Ostwald, que converte a amónia em ácido nítrico, através da passagem de amônia e ar em telas catalíticas de Platina (95%) /Rhódio (5%). A típica conversão química é de 99-90% por campanha de tela, com a formação de nitrogênio e óxido nitroso como reação secundária.
O óxido nítico poder ser usado para detectar radicais de superfície em polímeros. Bombardear a superfície do polímero com óxido nítrico resulta na incorporação do nitrogénio que pode ser quantificado por espectrocopia fotoelectrónica por Raios-X.
O óxido nítrico é incolor. Contudo, sua liberação na atmosfera é notada pela cor castanha. Em presença do oxigênio do ar, oxida-se rapidamente a dióxido de nitrogênio que dimeriza-se ao gás castanho tetróxido de nitrogênio, (N2O4).
Apesar da sua toxicidade, com efeitos semelhantes ao monóxido de carbono, dado o efeito da liberação na atmosfera, a experiência industrial tem demonstrado que é o NO2/N2O4 formado no ar, corrosivo, que provoca os danos da exposição (principalmente ataque ácido na mucosa do pulmão pela formação de ácido nítrico). Os primeiros sintomas da exposição leve é uma ligeira dor de garganta, 12 a 24h após a exposição.

 Funções biológicas


No organismo, o óxido nítrico e sintetizado a partir da arginina e do oxigénio, pela enzima sintase do óxido nítrico (NOS).
O endotélio (a fina camada de células mais interna dos vasos sanguíneos) usa o óxido nítrico para comandar o relaxamento do músculo liso da parede do vaso, fazendo com que este dilate aumentando assim o fluxo sanguíneo e diminuindo a pressão arterial. Isto explica o uso da nitroglicerina, nitrito de amila e outros derivados no tratamento da doença coronária: estes compostos são convertidos em óxido nítrico (por um processo não muito bem conhecido) que por sua vez dilata as artérias coronárias (vasos sanguíneos na parede do coração) aumentando assim a sua irrigação. O óxido nítrico também desempenha um papel importante na erecção do pénis, e explica o mecanismo do sildenafil ou Viagra, que envolve o mecanismo referido acima com o guanil ciclico (GMP).
Os macrófagos, células do sistema imunitário, produzem óxido nítrico como composto nocivo para bactérias, devido à sua capacidade de formar espécies reactivas de azoto. Mas em certas circunstâncias isto pode trazer efeitos colaterais indesejáveis: uma sepsis generalizada pode levar a uma produção exagerada de óxido nítrico pelos macrófagos, que leva a uma vasodilatação generalizada podendo ser uma das causas da hipotensão (pressão arterial baixa) na sepsis.
O óxido nítrico tem também funções de neurotransmissor entre as células nervosas. Ao contrário dos outros neurotransmissores que funcionam geralmente no sentido da membrana pré-sináptica para a membrama pós-sináptica, o óxido nítrico (NO), por ser uma gás muito solúvel, pode actuar em todas as células adjacentes paracrinamente e autocrinamente, sem ser preciso estar envolvida uma sinapse física. Esta propriedade pensa-se que poderá estar envolvida na formação da memória.
A descoberta das funções do NO na década de 1980 vieram surpreender e mexer com a comunidade científica. Foi nomeada "Molécula do Ano" em 1992 pela Science, foi fundada a Nitric Oxide Society e foi criada uma revista científica só para estudos relacionados com esta molécula. O Prémio Nobel em Fisiologia e Medicina em 1998 foi atribuído a Ferid Murad, a Robert F. Furchgott e a Louis Ignarro pela descoberta das propriedades sinalizadoras do óxido nítrico. Estima-se que cerca de 3,000 artigos científicos são publicados por ano sobre o papel fisiológico do óxido nítrico.

 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

QUERRA E EXPLOSIVOS

A invenção de Nobel não podia ser usada como propelente para projéteis, pois armas de fogo não suportam a enorme força explosiva da dinamite.A partir do inicio da década de 1880, varias formulações de nitroglicerina haviam bsido usada como pólvora sem fumaça. A escolha de propelentes para canhões e outra peças de artilharia pesada é menos restrita .
O carbono produzido nessa reação produz a quantidade de fumaça associada ás explosões de TNT, muito maior que a se forma nas de nitroglicerina e algodão-pólvora,
No inicio da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha, usando minições baseadas em TNT, teve vantagens sobre os franceses.

Fritz Haber

 
    

Fritz Haber Medalha Nobel
Fritz Haber
Fritz Haber, em 1918
Nascimento9 de dezembro de 1868
Breslau
Morte29 de janeiro de 1934 (65 anos)
Basel
NacionalidadeAlemanha Alemão
Campo(s)Química
InstituiçõesInstituto Federal de Tecnologia de Zurique, Universidade de Karlsruhe
Alma materUniversidade de Heidelberg, Universidade Humboldt de Berlim, Universidade Técnica de Berlim
Orientador(es)Robert Wilhelm Bunsen
Conhecido(a) porProcesso de Haber
Prêmio(s)Nobel prize medal.svg Nobel de Química (1918), Medalha Rumford (1932), National Inventors Hall of Fame (2006)
Fritz Haber  foi um químico alemão.
Foi laureado com o Nobel de Química de 1918, pela descoberta da síntese do amoníaco.
Nasceu em Breslau (actual Wroclaw, na Polónia) numa família judaica de língua alemã. Converteu-se ao protestantismo em 1893. Foi padrinho do historiador Fritz Stern, igualmente nascido em Breslau numa família judaica.
De 1886 a 1891 estudou na Universidade de Heidelberg com Robert Bunsen, na Universidade de Berlim no grupo de August Wilhelm von Hofmann, e no Colégio Técnico de Charlottenburgo ( atualmente Universidade Técnica de Berlim ) com Carl Liebermann. Casou em 1901 com Clara Immerwahr. Antes de iniciar sua própria carreira acadêmica trabalhou com seu pai como químico e no Instituto de Tecnología de Zurique com Georg Lunge.
Foi professor do Instituto de Tecnología Química da Universidade de Karlsruhe entre 1894 e 1911. Foi o inventor, nesta época, juntamente com Carl Bosch, do processo Haber-Bosch que é a reação do nitrogênio com o hidrogênio para a produção do amoníaco ( a síntese do amoníaco ) sob elevadas condições de tempeatura e pressão. A partir da oxidação do amoníaco, em presença de catalisador. é obtido o ácido nítrico.
Foi condecorado com o Nobel de Química de 1918 por este trabalho. A descoberta do processo Haber-Bosch foi um importante feito para a indústria química, pois permitiu a produção de produtos químicos nitrogenados como fertilizantes, explosivos e outras matérias primas independente da utilização de depósitos naturais , especialmente do nitrato de sódio, do qual o Chile era o maior produtor.
Também investigou ativamente as reações de combustão, a separação do ouro da água, os efeitos da absorção e a eletroquímica. Grande parte do seu trabalho de 1911 até 1933 foi realizado no Instituto de Física e Eletroquímica em Berlin-Dahlem.
Organizou o departamento de guerra química do Ministério da Guerra da Alemanha, responsável pelo uso de certos gases durante a I Guerra Mundial (entre os anos de 1915 e 1917).
Foi senador da Sociedade Kaiser Wilhelm, de 1922 a 1933.
Em 1932 recebeu a medalha Rumford da Real Sociedade de Londres.
Em 1934, com a chegada ao poder de Hitler, por ser judeu, foi obrigado a abandonar a Alemanha. Dirigiu-se à Inglaterra, onde foi convidado para a Universidade de Cambridge.
Sua principal obra foi Thermodynamik technische Gasreaktionen, escrito em 1905.
Faleceu em 29 de Janeiro de 1934 na Suíça durante uma estadia em Basileia, após doença súbita

Biografia de Alfred Bernhard Nobel



Alfred Nobel

Alfred Bernhard Nobel nasceu a 21 de Outubro de 1833 em Estocolmo, na Suécia. Filho de Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e de Andrietta Ahlsell, que provinha de uma família abastada. Quando tinha quatro anos de idade, Alfred, mudou-se para a Finlândia com a mãe e os irmãos e mais tarde para São Petersburgo, na Rússia, para onde o pai tinha ido trabalhar e tinha tido sucesso numa oficina de equipamento para o exército russo.

Foi em São Petersburgo que ele e os irmãos estudaram. Rapidamente se notou um elevado interesse pela Literatura e pela Química. O pai, ao aperceber-se disto, enviou-o para o estrangeiro para ganhar experiência no campo da Engenharia Química. Visitou países tais como França, Alemanha e Estados Unidos da América. Foi em Paris que conheceu o jovem químico italiano Ascanio Sobrero, que três anos antes tinha inventado a nitroglicerina. O invento fascinou Nobel devido ao seu potencial na engenharia civil.

No ano de 1852 foi trabalhar para a empresa do pai com os seus irmãos, e realizou experiências com o fim de arranjar um uso seguro e passível de vender para a nitroglicerina. Não obteve quaisquer resultados. Mas em 1863, regressou à Suécia, com o objectivo de desenvolver a nitroglicerina como explosivo. Muda-se para uma zona isolada depois da morte do irmão Emil numa das suas explosões experimentais. Tentou então tornar a nitroglicerina num produto mais manipulável, juntando-lhe vários compostos, que a tornaram de facto numa pasta moldável, a dinamite* (Alfred Nobel : Us Patent) . A sua invenção veio facilitar os trabalhos de grandes construções tais como túneis e canais.A dinamite expandiu-se rapidamente por todo o mundo. No entanto Nobel dedicava muito tempo aos seus laboratórios, de onde sairam outros inventos (já não relacionados com explosivos), tais como a borracha sintética.

O trabalho intenso durante todo a sua vida não lhe deixou muito tempo para a vida pessoal; tinha apenas uma grande amiga, Bertha Kinsky, que lhe transmitiu os seus ideais pacifistas. Isto iria contribuir para a criação de uma fundação com o seu nome, que promovesse o bem-estar da Humanidade.Faleceu a 10 de Dezembro de 1896 vítima de uma hemorragia cerebral, na sua casa em San Remo (Itália). No seu testamento havia a indicação para a criação de uma fundação que premiasse anualmente as pessoas que mais tivessem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade. Em 1900 foi criada a Fundação Nobel que atribuía cinco prémios em áreas distintas: Química, Física, Medicina, Literatura (atribuídos por especialistas suecos) e Paz Mundial (atribuído por uma comissão do parlamento norueguês). Em 1969 criou-se um novo prémio na área da Economia (financiado pelo Banco da Suécia). O vencedor recebe uma medalha Nobel em ouro e um diploma Nobel. A importância do prémio varia segundo as receitas da Fundação obtidas nesse ano. Assim, nasceu o Prémio Nobel, concedido todos os anos pela Real Academia de Ciências da Suécia.
Alfred Nobel, O Inventor da Dinamite
Químico autodidata, inventou a dinamite e acumulou uma das maiores fortunas da Suécia com as suas fábricas de armamentos. Mas deixou um prêmio aos que lutam pela paz.

A Alfred Nobel detestava prêmios. Se, por algum milagre, pudesse voltar à vida e, na sua qualidade de químico e inventor da dinamite, fosse indicado para receber o prêmio que leva o seu nome, ficaria, na certa, profundamente contrariado. Desdenhava qualquer tipo de honraria ou de publicidade. Quando lhe pediam dados biográficos ou fofos, respondia invariavelmente com a negativa, alegando, por exemplo, que "nestes tempos de publicidade gritante e despudorada, apenas os particularmente dotados para esse gênero de coisas devem permitir que os jornais Ihes publiquem a fotografia".

Nunca mandou pintar o próprio retrato, iniciativa praticamente obrigatória para os homens de sua condição no seu tempo, e o único quadro que o representa foi realizado após sua morte. Recebeu várias condecorações, mas não mostrava o menor respeito por elas. Gostava de afirmar que ganhara a Estrela do Norte da Suécia pelo fato de ter um bom cozinheiro, capaz de agradar a estômagos influentes, e a Ordem Brasileira da Rosa porque fora apresentado casualmente ao imperador Pedro II.

Tinha, aliás, um estranho senso de humor, e nunca se sabia muito bem se estava falando a sério ou brincando. Certa vez, na presença do rei Oscar, da Suécia, desenvolveu uma teoria segundo a qual a crosta terrestre deveria ter nos pólos duas grandes cavidades, por causa da rotação do globo. Freqüentemente falava de seus planos de mandar construir em Paris um luxuoso estabelecimento onde os candidatos ao suicídio pudessem afastar-se da vida com dignidade. Segundo Nils Oleinikoff-Nobel, sobrinho-neto do inventor e último sobrevivente da família, nos últimos anos de vida Alfred Nobel levara a excentricidade a tal ponto que só ia a suas fábricas aos domingos para não ter o constrangimento de se encontrar com seus próprios operários.

Parecia-se de certa forma com o pai, Immanuel Nobel, uma espécie de gênio autodidata, que passou a vida idealizando invenções e grandes projetos. Alguns eram estapafúrdios, como ensinar focas a guiar torpedos submarinos; outros, perfeitamente sensatos e lucrativos. Alternou períodos de sérias dificuldades econômicas com anos de rápida prosperidade. Immanuel teve quatro filhos: Robert, Ludvig, Alfred e Emil. Alfred, o criador do Prêmio Nobel, nasceu em 1833, numa década de efervescência tecno-científica, mas em plena crise familiar — a primeira falência paterna.

Quatro anos depois, a família Nobel muda-se para São Petersburgo, na Rússia, e monta uma pequena metalúrgica. Prospera, então, fabricando minas submarinas, graças, sobretudo, à sociedade com um general influente e às gigantescas encomendas recebidas durante a guerra da Criméia — 1854/1856. Terminada a guerra, acabam as encomendas e os Nobel vão à falência pela segunda vez. Alfred estava com 26 anos. Não recebera educação formal. A bem dizer, freqüentou apenas o primeiro ano do primário numa escola paroquial, na sua Suécia natal.

Mas, com o auxilio de excelentes professores particulares, estudando em casa, tornou-se excepcionalmente bem-preparado. Falava fluentemente sueco, russo, inglês, francês e alemão, sendo atraído pela literatura e pela filosofia. Quando a situação financeira de seu pai era favorável, viajou pelo mundo durante dois anos. Conheceu os Estados Unidos e, sobretudo, Paris, onde fez estágios em diversos laboratórios de química. Interessou-se desde cedo por explosivos e, já em 1863, requereu sua primeira patente importante: um detonador de percussão conhecido como processo Nobel.

A patente foi obtida na Suécia, para onde parte da família voltara, na tentativa de relançar os negócios em novas bases, depois da falência na Rússia. Instalados na pequena localidade de Helensburgo, nas vizinhanças de Estocolmo, Alfred, o irmão caçula Emil e o pai começaram a fabricar nitroglicerina. Essa substância, preparada pela primeira vez em 1846 pelo italiano Ascanio Sobrero, tem uma fórmula aparentemente muito simples: certa quantidade de glicerina adicionada a uma mistura de ácido nítrico e ácido sulfúrico.

Mas sua preparação é extremamente arriscada. Qualquer choque ou uma alteração brusca de temperatura provocam violenta explosão. Foi assim que, em 1864, mal começara a produção dos Nobel, a fábrica foi pelos ares, matando Emil, o irmão caçula, e quatro homens. Semanas mais tarde, o velho pai sofreu um derrame do qual nunca se recuperou. Alfred, no entanto, não se deixou abater. Conseguiu um sócio e voltou a fabricar nitroglicerina. Como a prefeitura de Estocolmo negou-lhe permissão para o funcionamento, instalou a nova fábrica numa balsa ancorada num lago das vizinhanças, fora da jurisdição municipal. Os negócios prosperaram rapidamente. Alfred mudou-se para Hamburgo, de onde dirigia os negócios da firma enquanto prosseguia suas pesquisas.

Os riscos de acidentes continuaram elevados até 1867, quando Alfred teve a idéia de misturar à nitroglicerina uma substância inerte, na esperança de evitar explosões acidentais. Deu certo. A nova mistura, denominada dinamite, iria revolucionar a técnica da explosão de minas, a construção de estradas e a sorte das guerras. Além de trazer rios de dinheiro à empresa de Alfred Nobel. Como se tudo isso não bastasse, a sorte também favorecia os negócios de Ludovic e Robert, os dois irmãos que haviam permanecido na Rússia depois da segunda falência familiar.

Robert conseguira reabrir a fábrica de equipamentos militares e, graças a seus antigos contatos, convertera-se, em poucos anos, num dos maiores fornecedores do Exército russo. Além de canhões, granadas, minas e munições diversas, chegou a produzir mais de 500 mil fuzis. Como na Rússia Central, onde estava instalada a indústria, não existia madeira adequada para a coronha desses fuzis, Robert enviou o irmão Ludovic ao Cáucaso, onde, segundo estava informado, as nogueiras cresciam em quantidade. A informação revelou-se inexata: as nogueiras eram raras. Em compensação, Ludovic encontrou petróleo jorrando espontaneamente do solo, junto ao mar Cáspio, na região de Baku.
A invenção da dinamite
Alfred e seu pai montam um pequeno laboratório de pesquisas em Helenborg, perto de Estocolmo, e começaram a trabalhar num líquido novo e perigoso, capaz de explodir com o simples aumento do calor ou à menor agitação. Era a Nitroglicerina.

Em pouco tempo, Alfred descobriu um jeito eficaz de provocar a detonação dessa substância. Mas teve que pagar um preço trágico pelas experiências: uma explosão mandou pelos ares todo o laboratório; várias pessoas morreram – entre elas, um irmão de Alfred. Por causa do acidente, o pai teve um ataque apoplético que o deixaria paralizado pelo resto da vida.

Agora só, Alfred continua o trabalho, instalando fábricas de nitroglicerina na Alemanha e Noruega. Mas os acidentes não cessam: a fábrica da Alemanha pega fogo; um navio explode no Panamá; mais explosões nos Estados Unidos e na Austrália. Os governos começam a ficar preocupados e tomam providências para prevenir novos desastres: a Bélgica e a França simplesmente proíbem a fabricação da Nitroglicerina em seus territórios; a Suécia impede seu transporte; e a Inglaterra restringe severamente sua utilização. Tudo fazia crer que Alfred perdera seu tempo.

Mas, finalmente, entre 1866 e 1867, Nobel resolve i problema, acrescentando à nitroglicerina certas substâncias absorventes, de modo que se torna possível armazená-la e transportá-la sem riscos: só explodiria mediante um detonador especial. Nobel batizou o produto, sob nova forma, de dinamite (do grego Dynamis, que significa força). Para o povo, tinha outro nome: "a pólvora de segurança de Nobel".

O invento permite-lhe multiplicar sua fábricas. Em 1875, é dono de centros produtores de dinamite em todos países da Europa e nos Estados Unidos. E continua a pesquisar. Seus estudos levam-no a outra invenção de importância: a balistile, uma pólvora não fumarenta, derivada da nitroglicerina. Patenteada em 1887, logo foi usada pela maioria dos países para fins militares.

Inventor da dinamite, da gelatina explosiva e de outros detonantes, Nobel ficou famoso ao criar o mais importante prêmio do mundo, concedido anualmente a personalidades que hajam contribuído para a paz e para o progresso de diversos ramos do saber.

Alfred Bernhard Nobel nasceu em Estocolmo, Suécia, em 21 de outubro de 1833. Fez seus primeiros estudos em Estocolmo e na cidade russa de São Petersburgo, onde o pai, Alfred Nobel engenheiro, instalou uma fábrica de nitroglicerina. Aos 16 anos já era químico competente e falava fluentemente inglês, francês, alemão e russo, além de sueco. Completou a especialização em química na França e depois trabalhou nos Estados Unidos, sob a direção de John Ericsson, que construiu a belonave blindada Monitor. De volta a São Petersburgo, trabalhou na fábrica do pai, onde tentou aperfeiçoar a nitroglicerina líquida, inventada em 1846 pelo italiano Ascanio Sobrero.

Após a falência do estabelecimento do pai, em 1859, Alfred Nobel regressou à Suécia e trabalhou na fabricação de explosivos à base de nitroglicerina líquida. Um acidente com a substância provocou a morte de seu irmão caçula, Emil. Proibido pelo governo de reconstruir a fábrica e estigmatizado como "cientista louco", Nobel continuou a pesquisar a maneira de minimizar o perigo de manusear a nitroglicerina, o que conseguiu ao misturá-la com um material inerte e absorvente. Pôde então aperfeiçoar a dinamite e o detonador e desenvolver um explosivo mais poderoso, a nitroglicerina gelatinizada.
A invenção da dinamite
Alfred e seu pai montam um pequeno laboratório de pesquisas em Helenborg, perto de Estocolmo, e começaram a trabalhar num líquido novo e perigoso, capaz de explodir com o simples aumento do calor ou à menor agitação. Era a Nitroglicerina.

Em pouco tempo, Alfred descobriu um jeito eficaz de provocar a detonação dessa substância. Mas teve que pagar um preço trágico pelas experiências: uma explosão mandou pelos ares todo o laboratório; várias pessoas morreram – entre elas, um irmão de Alfred. Por causa do acidente, o pai teve um ataque apoplético que o deixaria paralizado pelo resto da vida.

Agora só, Alfred continua o trabalho, instalando fábricas de nitroglicerina na Alemanha e Noruega. Mas os acidentes não cessam: a fábrica da Alemanha pega fogo; um navio explode no Panamá; mais explosões nos Estados Unidos e na Austrália. Os governos começam a ficar preocupados e tomam providências para prevenir novos desastres: a Bélgica e a França simplesmente proíbem a fabricação da Nitroglicerina em seus territórios; a Suécia impede seu transporte; e a Inglaterra restringe severamente sua utilização. Tudo fazia crer que Alfred perdera seu tempo.

Mas, finalmente, entre 1866 e 1867, Nobel resolve i problema, acrescentando à nitroglicerina certas substâncias absorventes, de modo que se torna possível armazená-la e transportá-la sem riscos: só explodiria mediante um detonador especial. Nobel batizou o produto, sob nova forma, de dinamite (do grego Dynamis, que significa força). Para o povo, tinha outro nome: "a pólvora de segurança de Nobel".

O invento permite-lhe multiplicar sua fábricas. Em 1875, é dono de centros produtores de dinamite em todos países da Europa e nos Estados Unidos. E continua a pesquisar. Seus estudos levam-no a outra invenção de importância: a balistile, uma pólvora não fumarenta, derivada da nitroglicerina. Patenteada em 1887, logo foi usada pela maioria dos países para fins militares.

Inventor da dinamite, da gelatina explosiva e de outros detonantes, Nobel ficou famoso ao criar o mais importante prêmio do mundo, concedido anualmente a personalidades que hajam contribuído para a paz e para o progresso de diversos ramos do saber.

Alfred Bernhard Nobel nasceu em Estocolmo, Suécia, em 21 de outubro de 1833. Fez seus primeiros estudos em Estocolmo e na cidade russa de São Petersburgo, onde o pai, Alfred Nobel engenheiro, instalou uma fábrica de nitroglicerina. Aos 16 anos já era químico competente e falava fluentemente inglês, francês, alemão e russo, além de sueco. Completou a especialização em química na França e depois trabalhou nos Estados Unidos, sob a direção de John Ericsson, que construiu a belonave blindada Monitor. De volta a São Petersburgo, trabalhou na fábrica do pai, onde tentou aperfeiçoar a nitroglicerina líquida, inventada em 1846 pelo italiano Ascanio Sobrero.

Após a falência do estabelecimento do pai, em 1859, Alfred Nobel regressou à Suécia e trabalhou na fabricação de explosivos à base de nitroglicerina líquida. Um acidente com a substância provocou a morte de seu irmão caçula, Emil. Proibido pelo governo de reconstruir a fábrica e estigmatizado como "cientista louco", Nobel continuou a pesquisar a maneira de minimizar o perigo de manusear a nitroglicerina, o que conseguiu ao misturá-la com um material inerte e absorvente. Pôde então aperfeiçoar a dinamite e o detonador e desenvolver um explosivo mais poderoso, a nitroglicerina gelatinizada.